Um mês antes da tão esperada viagem para a praia, a ansiedade já descascou na pele.
Os planos já estão sendo refeitos e ainda tem muita coisa para se discutir. Os brinquedos já foram ensacados e não se tem mais notícia da sunga, do protetor solar e do baldinho de areia – estão todos dentro da mala.
Como todo bom mineiro, o ideal é sair o quanto antes – tipo: onze e meia ou quase meio dia. Longe dessa ideia de sair de madrugada! Já passamos do tempo de pegar praia no primeiro dia.
A BR é um campo de guerra: tem morte provocada por kamikaze, contenção com trincheira de carro batido e cratera feita de bomba de asfalto mal feito.
Então, é melhor voar baixo: vamos de avião!
No dia seguinte, vamos pular onda, tomar caldo e encher a sunga de areia. Campeonato de jacarezinho. Comprar pranchar de body-board.
E no terceiro dia é preferível ficar de baixo da barraca de palha, esperando a chuva passar, até que o mar não fique mais tão agitado. Porção de isca de peixe com camarão. Queijo coalho. Água de coco.
Chega de sol! A pele virou uma bandeira branca e rosa. Além do protetor, agora vale passar também o creme hidratante. Vamos descansar da praia! Vamos procurar uma árvore igual aquela que tem no fundo do quintal lá das casas das Minas Gerais!
